ACNUR e OIM pedem mais apoio à medida em que o fluxo de venezuelanos aumenta em toda a região

Nota para Imprensa conjunta entre ACNUR e OIM

Moradores de Boa Vista dão comida e outros tipos de ajuda aos venezuelanos que dormem na praça Simón Bolívar. © ACNUR/Reynesson Damasceno

Genebra, 23 de agosto de 2018 – O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, e o Diretor Geral da Organização Internacional para as Migrações, William Lacy Swing, pediram maior apoio da comunidade internacional aos países e comunidades da região que recebem um número crescente de refugiados e migrantes da Venezuela. Com uma estimativa de 2,3 milhões de venezuelanos vivendo no exterior e mais de 1,6 milhão que deixaram o país desde 2015, 90% deles foram para países da América do Sul.

Grandi e Swing elogiaram os países da região por terem acolhido cidadãos venezuelanos que chegam às suas fronteiras de forma generosa. Eles expressaram, no entanto, preocupação com vários acontecimentos recentes que afetam refugiados e migrantes da Venezuela, como novas exigência de passaportes para entrada nas fronteiras do Equador e do Peru e mudanças nas permissões de permanência temporária para os venezuelanos no Peru.

“Reconhecemos os crescentes desafios associados à chegada em grande escala dos venezuelanos. É crítico que todas as novas medidas adotadas continuem a permitir que aqueles que necessitam de proteção internacional tenham acesso à segurança e solicitação de refúgio”, reforçou Grandi.

“Elogiamos os esforços já feitos pelos países de acolhida para fornecer segurança, apoio e assistência aos venezuelanos. Acreditamos que essas demonstrações de solidariedade continuarão no futuro”, disse o diretor geral da OIM, embaixador Swing, em Genebra, na quinta-feira.

É particularmente preocupante a situação dos mais vulneráveis – como meninos e meninas adolescentes, mulheres, e pessoas que tentam se reunir com suas famílias e filhos desacompanhados e separados — que provavelmente não conseguirão cumprir os requisitos de documentação e, portanto, correrão mais riscos de exploração, tráfico e violência.

O ACNUR, a OIM, outras agências da ONU e diversos parceiros estão trabalhando em apoio às respostas nacionais dos governos da região a esta complexa situação de proteção e mobilidade humana. A situação atual enfatiza a necessidade urgente de aumentar o engajamento e a solidariedade internacional aos planos de resposta dos governos. É preciso atender as necessidades humanitárias mais urgentes, a fim de assegurar que  trânsito seguro seja garantido e integração social e econômica esteja alinhada com estratégias maiores de desenvolvimento.

Segundo os compromissos da Declaração de Nova Iorque para Refugiados e Migrantes, é necessário apoio contínuo e previsível por parte da comunidade internacional para compartilhar responsabilidades de uma forma mais justa e complementar os esforços dos países de acolhimento.

 

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