República Democrática do Congo (RDC)

Novas ondas de agitação na República Democrática do Congo deslocaram mais de 1,9 milhão de pessoas desde janeiro de 2017, principalmente nas regiões de Kasai, Tanganyika e Kivu. Outros milhares foram forçados a fugir para a Angola, Zâmbia e outros países vizinhos.

As pessoas estão deixando suas casas a um ritmo preocupante, uma vez que a piora da violência destrói vidas e meios de subsistência em todo o país.

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Mais de 735.000

refugiados da RDC na África subsaariana (em 31 de março de 2018)

4,5 milhões de deslocados internos na RDC

Mais de 541.000 refugiados de outros países africanos na RDC (em 31 de março de 2018)

 

 

Estatísticas completas

Dados de 10 de maio de 2018

ACNUR/John Wessels

A situação humanitária da República Democrática do Congo (RDC) é uma das mais complexas e desafiadoras em todo o mundo. Múltiplos conflitos afetam várias partes do vasto território do país.

As esperanças de paz aumentaram com o fim de uma longa e dispendiosa guerra civil em 2003, mas a nação vivencia ondas esporádicas de conflito, especialmente em Kivu do Norte, onde o impacto da violência generalizada e da anarquia persiste. Milhares de civis estão novamente lutando pela sobrevivência.

Embora muitas pessoas tenham retornado para a região de Kasai, é comum encontrarem membros da família mortos e suas propriedades, negócios e escolas em ruínas. As violações dos direitos humanos ainda são generalizadas e incluem mutilações físicas, assassinatos, violência sexual, prisões arbitrárias e detenções em condições desumanas. Hoje, mais de 896.000 pessoas permanecem deslocadas dentro da região de Kasai.

“Homens armados mataram minha esposa e três dos nossos filhos. Não sei o porquê”.

Kadima Kabenge, trabalhadora que fugiu de ataques na província de Kasai.

Além dos conflitos que forçaram milhares de congoleses a deixar suas casas, o país também possui mais de meio milhão de refugiados de países vizinhos e continua recebendo pessoas vindas do Burundi, República Centro-Africana e Sudão do Sul.

O risco de deslocamentos maiores é alto, uma vez que conflitos políticos e étnicos afetam muitas áreas. As necessidades de proteção, em particular para os mais vulneráveis, são enormes, e os desafios de obter ajuda para os necessitados estão aumentando. O fortalecimento da saúde pública, saneamento e abastecimento de água para prevenir doenças continua a ser vital.

A ONU agora classifica partes da RDC como uma emergência de nível 3, o nível mais alto, o que indica a necessidade urgente de ampliar a assistência prestada.

O que o ACNUR está fazendo para ajudar?

O ACNUR está ajudando os deslocados internos da RDC por meio de atividades destinadas a prevenir e responder à violência sexual e de gênero e a fortalecer a proteção de pessoas vulneráveis, incluindo mulheres e crianças.

Também estamos trabalhando com a Organização Internacional de Migração (OIM) para liderar a coordenação e gestão de instalações que hospedam deslocados internos em Kivu do Norte. Nós fornecemos abrigo em algumas áreas e realizamos projetos piloto para apoiar a integração local.

Além disso, o ACNUR está ampliando a presença de funcionários em Kasai, onde estamos coordenando atividades de proteção para deslocados internos, repatriados e outros civis vulneráveis. Nós prestamos assistência e estamos preparando apoio adicional para comunidades onde os retornos estão ocorrendo. Estamos fornecendo dinheiro para os deslocados e repatriados mais vulneráveis ​​na região de Kasai para ajudá-los a reconstruir suas casas e comprar bens domésticos ou ferramentas agrícolas.

Também continuamos a providenciar proteção e assistência aos refugiados congoleses nos países vizinhos, em colaboração com autoridades e parceiros, inclusive para aqueles que foram forçados a fugir durante a mais recente onda de violência.

Apesar das enormes necessidades, o ACNUR recebeu menos de um quarto dos US$ 236,2 milhões necessários para fornecer proteção e assistência aos refugiados, deslocados internos e outras pessoas vulneráveis ​​na RDC. Mais apoio é extremamente necessário. Por favor, ajude agora.