“O mundo não pode permitir que o Iêmen caia em um abismo”.
Ayman Gharaibeh, representante do ACNUR no Iêmen
A luta no Iêmen, um dos países mais pobres do Oriente Médio, tem agravado as necessidades decorrentes de longos anos de pobreza e insegurança. A piora da violência interrompeu milhões de vidas, resultando em baixas generalizadas e deslocamentos maciços. A situação está se deteriorando rapidamente.
Os civis sofrem o peso da crise e, atualmente, 22,2 milhões de iemenitas precisam de assistência humanitária. Aqueles que foram forçados a deixar suas casas estão especialmente em risco. Agora, 2 milhões de pessoas estão em condições dramáticas, longe de casa e privadas de necessidades básicas. A situação é tão terrível que quase 1 milhão de iemenitas deslocados perderam as esperanças e tentaram voltar para casa, embora ainda não seja seguro fazê-lo.
O Iêmen enfrenta uma catástrofe humanitária. Sem ajuda, muitas vidas serão perdidas em meio à violência, doenças, falta de comida, água e abrigo.
O que o ACNUR está fazendo para ajudar?
Em todo o país, nós fornecemos assistência aos iemenitas deslocados, bem como aos refugiados e aos solicitantes de refúgio. Sob o sistema de coordenação humanitária no Iêmen, lideramos a provisão de proteção, abrigo e itens não alimentares. Fornecemos abrigos de emergência, colchões, cobertores, esteiras, conjuntos de cozinha, baldes e muito mais para ajudar os deslocados e os mais vulneráveis. Nossa assistência chega às pessoas necessitadas nas 20 províncias afetadas pelo conflito.
Nossos kits de abrigo ajudam as famílias a reparar casas danificadas no conflito. Além disso, reformamos edifícios públicos e assentamentos que agora recebem famílias deslocadas. Ajudamos instalações de saúde que atendem refugiados, solicitantes de refúgio e iemenitas afetados pela violência e trabalhamos para prevenir e controlar a propagação da cólera. Os casos da doença aumentaram como resultado do conflito. Oferecemos assistência jurídica e financeira, bem como serviços de apoio psicossocial para ajudar os afetados pela guerra.
Também continuamos a proteger e apoiar mais de 280.000 refugiados e solicitantes de refúgio, vindos principalmente do Nordeste Africano e que permanecem no Iêmen apesar do conflito. Essas pessoas estão particularmente em risco.
No entanto, apenas 3% dos recursos financeiros necessários para lidar com a crise no Iêmen foram atualmente arrecadados, o que significa que somos impedidos de responder completamente às necessidades das pessoas afetadas.