Refugiados reconstroem suas vidas com ajuda de projeto de dança

O coreógrafo congolês Fabrice Don de Dieu Bwabulamutima acredita no poder de cura da dança.

Fabrice Don De Dieu, 40 anos, coreógrafo do projeto “Refugiados em Movimento” no campo de refugiados de Inke. © ACNUR/John Wessels

O coreógrafo congolês Fabrice Don de Dieu Bwabulamutima acredita no poder de cura da dança.

Ele viaja com sua companhia de teatro e dança para campos de refugiados em toda a República Democrática do Congo. Por meio da dança, ele ensina pessoas que experimentaram a guerra e a violência a superar traumas, reconstruir sua autoconfiança e aprender a viver com outras pessoas novamente.

“A dança toca todos, independentemente da sua posição de poder, da sua idade ou da sua raça”, diz o instrutor de 40 anos que fez uma pausa em sua própria carreira na dança.

Sua companhia, Kongo Drama, vem ministrando um programa de dança, teatro e música de quatro meses intitulado “Refugiados em Movimento” no campo de Inke, na província de Ubangi do Norte, que abriga mais de 16 mil refugiados da República Centro-Africana.

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Lin-Clair Mangogba, 25 anos, adora participar da aula de Hip Hop. “Sinto-me feliz. Depois de dançar, meu corpo se sente melhor, eu me sinto cheio de energia”, diz. © ACNUR/John Wessels

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Dançarinos refugiados se aquecem antes de participar de uma aula no Campo de Refugiados de Inke, na República Democrática do Congo. © ACNUR/John Wessels

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Refugiado da República Centro-Africana faz movimentos em uma aula de dança e teatro no campo de refugiados de Inke. © ACNUR/John Wessels

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Refugiados da República Centro-Africana posam enquanto fazem movimentos de rotina em uma aula de Hip Hop. © ACNUR/John Wessels

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Refugiados da República Centro-Africana dançam e cantam ao participarem de uma aula de canto no campo de refugiados de Inke, na República Democrática do Congo. © ACNUR/John Wessels

 

O programa é financiado pela organização não-governamental francesa African Artists for Development, em colaboração com o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.

Mais de 600 pessoas de todas as idades, refugiados e residentes locais, participam de uma variedade de cursos, incluindo dança infantil, dança contemporânea africana, Hip Hop e dança tradicional.

Fabrice começou o projeto em 2015 no campo de Mole, em Ubangi do Sul, onde ele disse que havia tensão e desconfiança entre os diferentes grupos de refugiados. Uma vez que eles começaram a dançar juntos, a tensão começou a desaparecer e sorrisos voltaram a estampar seus rostos.

“Quando vejo os efeitos do que estamos fazendo, como você pode restaurar o desejo das pessoas de estarem vivas, como você pode dar esperança a milhares de pessoas, é incrível”.