Uma das mais antigas é a do Afeganistão, onde a violência continua causando deslocamentos e obstruindo as chances daqueles que sonham com um retorno seguro para casa. O deslocamento de centenas de milhares de pessoas de Mianmar rumo à Bangladesh também não é novo. Essa crise é uma das maiores e de mais rápido crescimento que a região viu em décadas. Com os existentes campos e assentamentos já superlotados, e com serviços e infraestrutura básica limitados, as necessidades humanitárias são estarrecedoras.
O ACNUR aumentou consideravelmente a sua presença e a proteção e assistência que está oferecendo aos refugiados, inclusive em Bangladesh, uma vez que foi concedida a autorização para ampliar sua capacidade operacional para além dos dois campos de refugiados existentes.
Mais de dois terços dos refugiados na Ásia e no Pacífico – cerca de 2,8 milhões de pessoas – vivem em áreas urbanas e semiurbanas. Isso exige que o ACNUR e os parceiros trabalhem com os Estados e outros atores para fortalecer a proteção oferecida àqueles que vivem fora dos campos e garantir seu acesso a serviços essenciais.
A região é também o lar de aproximadamente 50% da população mundial de apátridas. A prevenção e redução da apatridia e proteção dos direitos dos apátridas serão, portanto, prioridades regionais importantes para o ACNUR. Apesar das boas práticas evidentes em toda a região, apenas 20 dos seus 45 países e territórios aderiram à Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados e ao seu Protocolo de 1967, resultando em desafios em termos de proteção e soluções para os refugiados.