Quirguistão é o primeiro país a acabar com a apatridia

Antes apátrida, Nazgul Avaz Kyzy, de 22 anos, é agora uma cidadã do Quirguistão e pode trabalhar legalmente em um café local. © ACNUR/Chris de Bode

Em um avanço inédito na luta global contra a apatridia, a República do Quirguistão, na Ásia Central, se tornou hoje um exemplo importante de como a apatridia pode ser erradicada ao levar o número de apátridas do país de mais de 13 mil para zero em apenas cinco anos.

Em uma cerimônia nesta manhã na capital, Bishek, 50 pessoas que anteriormente eram apátridas, incluindo 15 crianças, foram registradas com certidões de nascimento e passaportes, tornando-os cidadãos. Eles são os últimos apátridas conhecidos no Quirguistão e agora têm os mesmo diretos que qualquer outro cidadão.

O fim da União Soviética em 1990 deixou centenas de milhares de apátridas por toda a Ásia Central, incluindo no Quirguistão. Encorajados pela campanha #IBelong, coordenada pelo ACNUR, que foi lançada em 2014 para acabar com a apatridia, o governo e parceiros identificara 13,7 mil pessoas sem nacionalidade no país. Entre esses, havia mais de 2 mil crianças.

“A liderança do Quirguistão em resolver os casos conhecidos de apátridas é um importante exemplo que espero que outros comemorem e se lembrem”, disse Filippo Grandi, Alto Comissário do ACNUR. “Meus parabéns para todos aquele que receberam sua cidadania hoje”.

A apatridia afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, que frequentemente têm seus direitos básicos negados e o reconhecimento oficial que a maioria das pessoas não dá valor. Cerca de 3,9 milhões de pessoas apátridas aparecem em relatórios de 78 países, mas a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) acredita que o verdadeiro total é significativamente maior.

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