Bolinhas de gude e sonhos no maior assentamento de refugiados do mundo

Veja como o acesso à educação está abrindo os horizontes para meninas refugiadas como Sabika no campo de refugiados de Kutupalong, em Bangladesh.

Agachadas e descalças na areia, duas meninas brincam com coloridas bolinhas de gude, gritando de alegria sempre que conseguem acertar em uma.


De repente, um rosto familiar passa – sua professora – e as meninas se levantam, correndo e apostando uma contra a outra até o portão do colégio. Sabika chega primeiro. Essa manhã ela tem aula de inglês – sua favorita – e ela não quer se atrasar.

“Na escola, eu aprendo matemática, inglês e birmanês. Gosto da escola porque posso aprender um monte de coisas, como poemas e o alfabeto, e lá eu posso brincar”, explica a menina de 10 anos, que vive com os pais e quatro irmãos no campo de refugiados de Kutupalong, em Bangladesh. Sabika é a segunda mais velha.

No assentamento, ela adora brincar de esconde-esconde e de bolinhas de gude com seus amigos. Aqui é seguro e ela pode caminhar livremente para visitar seus amigos – algo que ela dá muito valor.

A família de Sabika fugiu da violência em Mianmar no fim de 2017, buscando refúgio no país vizinho, Bangladesh. Alguns de seus amigos de Mianmar moram por perto, outros elas perdeu contato quando foi forçada a fugir.

Agora em segurança em Bangladesh, Sabika é capaz de ir a uma escola apoiada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) próxima de sua casa, graças ao apoio de doadores como você.

A refugiada de Rohingya, Sabika, 10, posa para uma fotografia no centro de aprendizagem no campo de Kutupalong, em Bangladesh. © ACNUR/ David Azia

“Sabika é talentosa, ela vem todo dia e tem um ótimo desempenho. Ela adora desenhar pessoas porque ela ama seus colegas de sala”, diz Taslima Akthar, uma professora local que  sentiu vontade de a ajudar crianças como Sabika depois de ouvir sobre a crise de refugiados rohingya na TV.

Ao doar para o ACNUR, você pode ajudar refugiados como Sabika, de 10 anos, a ter acesso à educação e chegar um pouco mais perto de seus sonhos. Sua dedicação em ajudar seus alunos a alcançar seus sonhos é óbvia. E o sonho de Sabika não é um segredo.

“Um dia eu quero ser uma médica porque quero ajudar as pessoas”, diz Sabika, com brilho nos olhos, antes de voltar a sua mesa.

Você pode ajudar a garantir que mais meninas como Sabika possam alcançar seu completo potencial!