Mulheres

© ACNUR

Mulheres refugiadas

Pelo menos metade das pessoas deslocadas no mundo são mulheres adultas e crianças. Sem contar com a proteção de seus lugares de origem, seus governos e, em muitos casos, de estruturas familiares tradicionais, as mulheres encontram-se com frequência em situações de vulnerabilidade. Enfrentam os rigores de longas jornadas à caminho do refúgio, perseguição ou indiferença oficial e com frequência sofrem abuso sexual, inclusive quando já chegaram a um lugar aparentemente seguro.

As mulheres não somente devem lidar com estas ameaças pessoais e com a consequente estigmatização social que muitas vezes carrega, mas também garantir a segurança física, bem-estar e a sobrevivência de seus familiares. Nos últimos anos, o ACNUR tem desenvolvido uma série de programas especiais destinados a garantir, em igualdade de condições, o acesso das mulheres à proteção legal e à ajuda humanitária emergencial enquanto tentam reconstruir suas vidas.

Em 2011, a Agência da ONU para Refugiados organiza uma série de atividades para celebrar seu 60º aniversário. As mulheres refugiadas e deslocadas internas participam deste processo através de uma série de diálogos regionais que ocorrem em todo o mundo, através dos quais discutem os problemas específicos de proteção em conjunto com autoridades nacionais, ACNUR e ONG.s.

Os Diálogos Regionais com Mulheres e Meninas se articulam em sete rodadas, entre novembro de 2010 e maio de 2011, envolvendo lugares e situações diferentes. As problemáticas e propostas que surgirão dos Diálogos serão submetidas à atenção da comunidade internacional durante a reunião ministerial de 7 e 8 de dezembro de 2011, em Genebra.

A segunda rodada dos Diálogos Regionais com Mulheres e Meninas ocorreu em Medellín, na Colômbia, entre 24 de janeiro e 09 de fevereiro de 2011, e contou com a participação de mais de 80 mulheres e homens deslocados pela violência neste país.

Como parte de sua estratégia de traversalidade de idade, gênero e diversidade, o ACNUR trabalha com as mulheres refugiadas e deslocadas internas nas Américas com o objetivo de melhorar sua integração nas comunidades de acolhida, tanto em ambientes urbanos quanto rurais, promovendo seu emponderamento e a eliminação da violência sexual e de gênero.