50º aniversário da Convenção para Reduzir os Casos de Apatridia de 1961
Apatridia no Vietnã
As conquistas do Vietnã em garantir a cidadania a milhares de apátridas nos últimos dois anos tornaram o país um líder global em prevenir e acabar com a apatridia.
Tendo se tornado apátridas após o colapso do sangrento regime de Khmer Rouge no Camboja, em 1975, cerca de 1,4 mil ex-refugiados cambojanos receberam a cidadania no Vietnã em 2010, resultado de cinco anos de cooperação entre o escritório do ACNUR e o governo vietnamita. A maior parte dos ex-refugiados vivia no Vietnã desde 1975, falava vietnamita e havia sido completamente integrada. Mais 1 mil estão próximos de conseguir sua cidadania. Paralelamente à cidadania está a questão do livro de registro familiar, que determina todas as interações dos cidadãos com o governo no Vietnã, e do cartão de identificação do governo. Esses dois documentos permitem aos novos cidadãos adquirir propriedade, freqüentar universidades e obter seguro-saúde e pensões. Os documentos também permitem que eles façam coisas simples que não podiam fazer antes, como comprar uma motocicleta.
O Vietnã também aprovou uma lei em 2009 para restituir a cidadania às mulheres vietnamitas que se tornaram apátridas em seu local de nascimento depois de terem se casado com estrangeiros e se divorciado antes de conseguir a cidadania estrangeira para elas e seus filhos.
O ACNUR estima que atualmente 12 milhões de pessoas pelo mundo sejam apátridas.