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No Chile, refugiados sírios serão acolhidos em Macul e Villa Alemana

O Programa de Reassentamento de Refugiados Sírios é conduzido pelo Chile, o Vicariato da Pastoral Social Caritas do Arcebispo de Santiago e o ACNUR. As famílias reassentadas chegarão no país no quatro trimestre de 2017.

SANTIAGO, Chile, 16 de agosto de 2017 – Durante a semana passada, as comunidades de Macul, na região Metropolitana do Chile, e a Villa Alemana, na região de Valparaíso, foram escolhidas para serem os locais de acolhida do grupo de 60 pessoas refugiadas sírias que serão reassentadas no país durante a primeira etapa do Programa de Reassentamento de Refugiados Sírios. No momento do processo de solicitação, levou-se em consideração aspectos vinculados à conectividade, ofertas de empregos, diversidade de lugares para viver e possibilidades de inserção nas comunidades de acolhida. O Programa terá duração de dois anos.

Vale ressaltar que o compromisso de ambas as comunidades será apoiado por uma rede ampla e transversal de municípios solidários, dispostos a somar esforços para dar assistência às famílias que serão reassentadas no país e que, eventualmente, poderão receber outro grupo de famílias no futuro. Entre essas comunidades, estão Quillota e Valparaíso, além de outros municípios estarem em contato para que possam ser incorporados na rede.

Em relação à rede, Alfredo del Río, Coordenador Geral do Programa, valoriza a decisão das comunidades de Macul e Villa Alemana, destacando “o compromisso da Presidenta Michelle Bachelet com a crise síria, como expressão de solidariedade internacional”. Nesse sentido, explicou que “o programa se coloca como uma política de Estado e com um caráter humanitário e apolítico. Disso, a importância de envolver as organizações da sociedade civil, os municípios e, em particular, a comunidade síria”.

As instituições que lideram o Programa agradecem a todos os municípios que manifestarem seu interesse em colaborar com esta iniciativa, e destacam a relevância dos atores locais na hora de enfrentar desafios globais, como o refúgio e os processos de interação de pessoas refugiadas.

“O Líbano é o país que acolheu o maior número de pessoas refugiados em relação a sua população nacional. Nesse país, uma a cada seis pessoas é refugiada, e muitas delas vivem em condições de extrema precariedade. Devido a isso, o compromisso que o Chile adotou é um gesto de solidariedade com a crise global de deslocamento forçado e, também, demonstra responsabilidade internacional com aqueles países mais sobrecarregados”, assinalou Delfina Lawson, Representante Nacional do ACNUR no Chile.

Por sua parte, Luis Berríos, Secretário Executivo do Vicariato da Pastoral Social Caritas do Arcebispo de Santiago, indica que o programa “é um vínculo com uma realidade internacional latente, a qual o próprio Papa Francisco nos chamou a atenção e demonstrou gestos concretos a respeito da situação que ocorre com os refugiados sírios. Isso nos coloca em aliança com essa estratégia e também faz que acompanhemos mais o que faz o Arcebispado de Santiago, por meio do Vicariato da Pastoral Social, nas distintas situações de vulnerabilidade e exclusão, neste caso, uma que é pouco distante, mas que é muito simbólica. Essa instância nos permitirá vincular ao resto das comunidades com a realidade atual”.

Durante os próximos dias, representantes das três instituições partirão rumo à cidade de Beirute, no Líbano, para iniciar a segunda fase ou etapa de concretização da Missão do Programa de Reassentamento, que tem o objetivo principal de conhecer, informar e entrevistar ao grupo de refugiados que hoje são candidatos ao reassentamento.