“Tão fácil, se conheces!”

campainhastopEsta é uma pequena história que me foi contada na primeira pessoa e que mostra como a integração tropeça em tão pequenas coisas.

No Afeganistão, antes da guerra e dos conflitos andava muito de autocarro. Lá é costume utilizar-se qualquer uma das portas para entrar e sair e, além do motorista,  há mais dois empregados, que ficam junto a cada uma das portas. Recebiam  o dinheiro dos passageiros e anunciavam o nome da cada paragem. Quando desejamos sair,  gritamos: «quero sair!»

Um dia, ao querer sair na paragem mais perto do CPR na Bobadela, fui para perto da saída e, como o autocarro não parou, gritei: «stop, stop», mas nada. Precisava mesmo de sair na próxima paragem. Aproximei-me do motorista usando mais os gestos do que a língua que desconhecia. Também ele respondeu gesticulando e apontando para a campainha e a necessidade de tocar para sair. «Ah é assim! Pronto, já sei, não volta acontecer» – murmurei  na minha língua.

Isabel Galvão, CPR, Portugal


Uma família destruída pela guerra já é demais

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