Dia Mundial do Refugiado – 20 de junho de 2013

Ambia precisou fugir com o marido, Mahmud, seus filhos e seus pais quando a cidade deles em Mianmar foi atacada e sua casa destruída pelo fogo.

A coisa mais importante que puderam carregar foi um pote com as folhas de uma noz típica que costumam mascar. Eles não sabiam quando comeriam novamente, e mastigar as folhas ajudou a família a não definhar de fome.

Imagine se sua família tivesse 1 minuto para fugir...

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"Quando deixei minha casa, caminhei rumo ao desconhecido; estes chinelos me acompanharam. Eles caíam aos pedaços, mas eu insistia em consertá-los. Quando eles ficaram imprestáveis, quis ter um outro par exatamente igual.

No Sudão estes chinelos eram uma parte de mim – um porto seguro e um símbolo da minha jornada".

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Juan e sua filha fugiram para o Brasil em 2006, devido a perseguições de grupos armados irregulares na Colômbia. A coisa mais importante que ele trouxe foi um livro dado por sua mãe, intitulado "El Poder del Pensamiento Tenaz".

"O livro dá dicas de como superar problemas com o poder da oração e como se libertar dos medos e da dor. “Sempre que leio esse livro, lembro-me da minha mãe e isso me dá forças para continuar".

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Leila fugiu da Síria e hoje vive com os seis filhos em um apartamento abandonado em Atenas, na Grécia.

A coisa mais importante que carregou foi este album de fotografias. Ele a faz lembrar dos tempos felizes que viveu ao lado de seu marido, que desapareceu durante o conflito na Síria. "Para mim, deixar meu país foi a morte".

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Msafiri Tawimbi deixou a República Democrática do Congo com sua família em 1996. Antes de chegar a Tanzânia eles caíram na emboscada de um grupo de soldados. Sua esposa foi morta e sua filha de 2 anos ficou gravemente incapacitada.

Msafiri guardou a camiseta rasgada – a mesma que usou durante a fuga – para lembrá-lo de tudo o que sua família passou.

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Mohamed e Reena foram torturados na Síria e deixaram o país depois que combatentes incendiaram sua casa. A única coisa que restou foi o telefone com fotos da família.

Agora morando na Bulgária, Mohamed espera abrir um restaurante para oferecer um futuro melhor para os seus filhos.

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Ao sair da Colômbia com sua família para o Brasil, Elias decidiu trazer este panelão, apelidado de “Índia”, que ele comprou há mais de 30 anos. “Esta panela é parte da minha vida”, diz Elias, da esposa Lia e da filha Lina.

Com ela, Elias cozinhou para a família inteira não apenas na fazenda onde morava, mas também durante o processo de deslocamento interno na Colômbia que precedeu sua chegada ao Brasil.

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"O que tenho de mais precioso é a minha família", assegura Jesus (no centro), refugiado colombiano que deixou seu país no ano passado e veio para o Brasil. Embora apenas ele estivesse sendo perseguido, Jesus decidiu trazer sua esposa Lisbeth, a filha Angy e o filho Brayan.

"Minha família é a memória da minha terra natal. Tê-los ao meu lado é o que me mantém vivo", diz ele. Sua família também trouxe uma Bíblia, pois frequentam a missa toda semana.

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Daniela mora no Brasil há seis anos e veio da Colômbia. Quando arrumava sua mala, trouxe consigo um atlas do país. "Para mim não tem coisa mais importante do que preservar minhas raízes", diz ela.

A jovem colombiana conta que nos momentos de saudade, abre o livro e se “transporta” para sua cidade natal, Medellín.

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A colombiana Luisa mora no Brasil com sua mãe há seis anos. Quando teve que deixar seu país, trouxe várias roupas que considerava importantes. "Cuido muito bem delas, pois essas roupas são um espelho do eu sou", diz a menina.

Ela fala português super bem e já terminou o ensino médio. Quer agora fazer faculdade.

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Maria (à esquerda) e Dina chegaram ao Brasil em 2011, após anos de deslocamento interno na Colômbia. Maria trouxe fotos suas, de sua família e de amigos que ficaram na Colômbia.

Dina trouxe a roupa que usou no seu aniversário de 15 anos, ainda na Colômbia. "A festa de 15 anos é uma celebração muito importante, e este vestido me faz lembrar dos meus amigos e de uma época feliz da minha vida", diz Dina.

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Quando deixou a Colômbia, em 2011, Angélica saiu com a família e trouxe um quadro que havia ganhado de um parente. "Esta pintura tem um valor sentimental, me faz lembrar dos bons tempos em que minha família estava junta, na Colômbia".

Antes de chegar ao Brasil, Angélica e os filhos enfrentaram um processo de deslocamento interno, e o quadro esteve com eles todo o tempo.

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Quando teve que deixar a Colômbia com sua família, em 2011, devido à perseguição de grupos armados irregulares, Jaime não deixou para trás este jogo do Tio Patinhas.

"É a coisa mais importante para mim", diz ele.

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Vindos de Cuba com seus dois filhos, os chefs de cozinha Loyda e Guilhermo trouxeram uma série de antigas fotografias coloridas e em preto e branco.

"Elas nos remetem a boas lembranças da nossa vida em Cuba. Quando sentimos falta daquela vida, olhamos as fotos”, diz Loyda. “Também mostramos as fotos aos nossos amigos", afirma Guilhermo. Eles chegaram no Brasil em 2009.

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Loyda e Guilhermo deixaram Cuba com seus dois filhos devido às atividades políticas dele. A família chegou ao Brasil em 2009 com alguns pertences, entre eles um dominó.

"Jogar dominó nas horas livres é tipicamente cubano e fazemos isso todo domingo, com outros amigos cubanos que vivem aqui", afirma Loyda. “Nosso dominó tem a marca de uma famosa cerveja cubana, o que nos faz lembrar do nosso país”, completa Guilhermo.

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