Ben Stiller

Ben Stiller visita refugiados na Alemanha

O ator Ben Stiller achou uma brecha em sua agenda para se encontrar com famílias refugiadas durante uma recente visita à Berlim. Estas famílias, que tiveram que abandonar seus lares levando apenas o que podiam carregar, são somente algumas das milhares de pessoas que se viram obrigadas a fugir de conflitos e perseguições para buscar segurança na Europa durante 2015.

Ben visitou um centro de acolhimento de emergência administrado pela ONG Arbeiter-Samariter-Bund (ABS) no distrito berlinense de Wilmersdorf, como parte de uma sessão informativa com o ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados. O ator conversou sobre a situação tanto na Alemanha quanto em toda a Europa, assim como a crise síria de um modo geral.

Durante sua visita, Ben encontrou-se com Nahed, seu marido Hasan e seus dois filhos Mohamed (8) e Mayyar (5). Eles lhe contaram da boa vida que tinham anteriormente em Alepo, na Síria. Nahed era dona de um salão de beleza e Ahmed de uma joalheria. Porém a guerra destruiu seus trabalhos, seus lares e a esperança para seus filhos, forçando-os a deixar tudo para buscar segurança. © ACNUR/ Jordi Matas

Depois de uma longa jornada pela Europa, a família encontrou proteção na Alemanha. Eles estão aprendendo alemão e determinados a aprender também tudo o que for necessário para integrarem-se e arrumar trabalho. Mas a maior esperança do casal é que Mohamed e Mayyar possam finalmente voltar à escola. © ACNUR/ Jordi Matas

Nahed levou Ben e sua esposa Christine para conhecer o centro, onde há bazares com roupas, calçados e outros artigos doados pela comunidade, instalações para assistência médica e centros de ensino onde os refugiados e solicitantes de refúgio podem aprender alemão. © ACNUR/ Jordi Matas

Dalal, outra jovem mãe que está vivendo no centro, contou a Ben sobre sua perigosa viagem do Iraque à Europa apenas um mês depois de ter dado a luz à suas filhas gêmeas Zahara e Zeina. Sua cidade de origem, Mossul, tornou-se muito perigosa após ter sido dominada pelo ISIS e eles chegaram à conclusão que não teriam outra opção senão buscar segurança para seus filhos. © ACNUR/ Jordi Matas

Ben encontrou Nadia e Ahmed com o filho deles Moustafa, de 11 anos. Eles continuaram vevendo em Alepo enquanto foi possível, mas conforme os bombardeios foram se intensificando e impedindo Moustafa de frequentar a escola, eles decidiram ir para a Turquia. Devido à situação de pobreza em que estavam vivendo, Moustafa teve que começar a trabalhar, e cruzar a Europa foi a única forma que encontraram para que o filho pudesse voltar a estudar. © ACNUR/ Jordi Matas

Para Nadia e Ahmed, o futuro, o bem-estar e a segurança de seu filho são as únicas coisas que importam. Ainda que vivam em um pequeno quarto, estão felizes por Moustafa ter feito novos amigos, e, acima de tudo, por estar aprendendo alemão e se preparando para frequentar uma escola local onde finalmente poderá retomar seus estudos. © ACNUR/ Jordi Matas

“O que mais me impressionou em relação aos refugiados que conheci é que eles estão somente tentando seguir adiante com suas vidas e manter suas famílias em segurança. É difícil imaginar essa situação – estar totalmente deslocado devido, literalmente, à destruição de seus lares e meios de subsistência, e se verem obrigados a colocar a vida de seus filhos na mão de traficantes criminosos, subindo a bordo de embarcações lotadas para tentar chegar à Europa, porque não há nenhuma outra forma de buscar segurança. E ainda assim, apesar de tudo que passaram, estão focando no futuro de uma maneira muito prática, especialmente no futuro de seus filhos”.

“É evidente o desafio que alguns países europeus estão enfrentando devido às chegadas de um grande número de pessoas. Não existe uma solução fácil, mas acredito que seja importante focar nas pessoas e garantir que elas recebam a assistência humanitária que precisam”.

- Ben Stiller

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