“As pessoas que solicitam refúgio e que migram para o Brasil são as que mais conhecem suas condições de vida. Tê-los presentes em iniciativas inovadoras como esta é a melhor forma de integrá-los à sociedade local”, completou Camila Sombra, assistente de Soluções Duráveis do ACNUR.
Por fim, grupos formados se lançam ao desenvolvimento de um projeto de negócio viável e com base em modelos apresentados, como o Design Thinking e o Canvas. No quarto e último workshop, o Demo Weekend, que acontecerá nos dias 19 e 20 de novembro, em São Paulo, os três melhores serão premiados com uma consultoria do Sebrae.
“Nossa proposta é integrar refugiados, imigrantes e brasileiros na busca de soluções de problemas comuns dos que chegam no Brasil para reconstruir suas vidas. Refugiados e imigrantes, com isso, tornam-se ativos nessa busca, e os brasileiros são sensibilizados sobre a realidade deles. Dessa iniciativa, alguns negócios deverão surgir”, afirmou Jonathan Berezovsky, diretor do Migraflix.
Esses projetos já haviam sido esboçados na primeira etapa, realizada dia 13 de agosto, durante workshop sobre Design Thinking e conduzido pelo especialista Julien Condamines. São eles: uma plataforma na internet para facilitar a busca de emprego; a montagem e distribuição de kits de boas vindas em aeroportos; a atuação de uma equipe preparada para recepcionar os refugiados em portos, aeroportos e pontos de fronteira; uma plataforma para empresas recrutarem refugiados e imigrantes para seus quadros; outra plataforma para o compartilhamento de experiências, produtos e serviços entre refugiados, imigrantes e brasileiros; e um banco de dados com oportunidades de hospedagem temporária e moradia.
Todas essas propostas foram reorganizadas no encontro desta semana, conforme a metodologia do Business Canvas, cujo objetivo é expor o idealizador às perguntas certas e essenciais para a viabilidade de seu negócio.
As respostas permitem mudanças em ideias previamente consolidadas e as melhores soluções. As questões que forem superadas são removidas do cenário – de forma pragmática, os papéis nos quais estavam escritas são amasados e jogados no lixo. Os que sobrevivem se tornam pontos de ação, e uma pessoa do grupo é incumbida de levá-lo adiante.