Eu me sinto bem representando meu povo…

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Foto: ACNUR/ P.Wiggers

“Essa é a segunda vez que me torno refugiado e estou chocado por ter que viver em um campo de refugiados outra vez. Quando a guerra eclodiu em Malakal, minha mulher e meus dois filhos pegaram um carro para Nassir e vieram para Etiópia. Eles devem estar em um campo de refugiados agora e eu quero encontrá-los aqui. Como já fui um refugiado, sei que a situação em um campo de refugiados não é fácil. Temos que lutar pelos nossos direitos. Caso contrário, nada acontecerá. Aqui, no campo que eu estou vivendo, tenho representado meu povo por meio dos comitês de refugiados. Poucos refugiados falam inglês, por isso eles me selecionaram e me nomearam para representá-los. Nesse sentido, e

. A vida de um refugiado não é fácil e eu me comprometi a ajudá-los. Não posso me sentir cansado. Quando penso sobre meu futuro, me lembro da vida que eu tinha no Sudão do Sul e em outros países que visitei. Quando trabalhei para uma empresa responsável em fazer pesquisa de avaliação para exploração de petróleo, eu viajava muito. Eu também morei no exterior, trabalhando como professor e como empregado em um hotel. Então, voltei ao Sudão do Sul e a guerra aconteceu. Eu quero encontrar minha família, voltar para o meu país e continuar minha educação. Espero que a comunidade internacional ajude meu país a encontrar a paz novamente”.

Por Luiz Fernando Godinho, em Kule 01 campo de refugiado, em Gambela, Etiópia.

Foto: ACNUR/ P.Wiggers


Uma família destruída pela guerra já é demais

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