Cate Blanchett
conhece Ahmad, padeiro, ator e futuro piloto
Cate Blanchett viajou ao Líbano com o ACNUR onde conheceu Ahmad, um refugiado sírio que celebrava seu aniversário de 14 anos. Ahmad pertence a um grupo de jovens refugiados que atua em peças em um centro comunitário em que frequentam. Ahmad era um estudante nota 10 em seu país, mas atualmente não está indo à escola e está trabalhando o dia todo em uma padaria para ajudar no sustento de sua família. Porém, Ahmad continua otimista, com esperança de voltar para casa e um dia conquistar o sonho de ser piloto de avião.
Ahmad, 14 anos: “Meu nome é Ahmad, trabalho como confeiteiro e, quando crescer, quero ser piloto de avião e viajar o mundo todo. Um ano atrás, ouvi falar da Intersos [uma ONG parceira do ACNUR] e comecei a frequentar as atividades desse centro comunitário. Descobri que gosto muito de atuar e, com o grupo de amigos que conheci na Intersos, criamos uma peça sobre casamento precoce, uma vez que isso é um problema nas nossas comunidades. A peça fez muito sucesso e nós a apresentamos três vezes para o público. Estamos agora montando outro grupo de teatro, fazendo uma peça sobre trabalho infantil que queremos apresentar pelo mundo todo”.
Ahmad e sua família tinham uma vida confortável na Síria. Ahmad lembra com carinho de sua casa, seu jardim, seus amigos, de seus jogos de computador. Ele amava a escola, especialmente estudar matemática e árabe. Mas então a guerra chegou. “Vi muitas pessoas feridas… eu as conhecia e gostava muito delas, mas estavam feridas e morreram.” Ahmad e sua família foram ao Líbano em busca de segurança, não levaram nada. “Quando cheguei ao Líbano… tudo mudou para mim… tive que trabalhar para ajudar minha família… não vou à escola porque tenho que ajudar minha família”. Ahmad agora trabalha em uma padaria, decorando e vendendo bolos. Ele sabe que isso é temporário até voltar para a Síria. “Fiquei muito triste quando descobri que não poderia voltar para a Síria. Foi como perder alguém que você gosta muito”.
Mas Ahmad ainda tem suas esperanças e sonhos. “Espero poder voltar a estudar; que eu possa ser piloto e viajar por todos os países do mundo.” Ele também fez novas amizades em um centro comunitário dirigido pelo ACNUR e a instituição parceira Intersos. “Neste centro, fiz amizade com onze meninos e meninas… meus amigos daqui vêm de Damasco, Iblid e Alepo… eles vêm de diferentes regiões, e eu gosto muito deles”.
Refugiados. Personas normales que pasan por situaciones fuera de lo normal.
Apesar dos esforços das Agências da ONU e governos locais, uma expressiva parcela das crianças sírias refugiadas não está na escola. A causa é geralmente o estresse psicológico que estas crianças viveram ou porque estão trabalhando para ajudar no sustento de suas famílias. Com tantas crianças fora da escola por um período tão longo, a Síria está arriscada a ter uma geração inteira de sua população com baixa escolaridade. O ACNUR está trabalhando duro para melhorar o acesso a uma educação de qualidade e para fortalecer o ambiente de proteção para as crianças sírias refugiadas. A agência tem buscado meios de expandir as capacidades nacionais e o acesso à educação, reconhecendo a pressão ao sistema de ensino público nos países de acolhida no entorno da Síria.
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